sábado, 15 de novembro de 2008

Unidades Genéticas

Chamam se unidades genéticas aos volumes de material que preenchem as bacias sedimentares por superfícies que indicam ou reflectem acontecimentos representados no conjunto da bacia. A característica estratigráfica mais facilmente reconhecível, tanto em observação de campo como em informação do subsolo (sísmica) são as descontinuidades estratigráficas reconhecíveis, essencialmente na borda das bacias sedimentares que para o interior da mesma passam a superfícies de continuidade correlativas.

Sequências Deposicionais
Define se como sequência deposicional uma parte de uma sucessão estratigráfica relativamente concordante, de estratos genéticamente relacionados, cujo tecto e muro são descontinuidades e continuidades correlativas. Trata-se de uma unidade estratigráfica híbrida já de uma parte que é uma unidade observável, limitada por descontinuidades (corresponde a um volume de material) e de outra parte que é semelhante a uma unidade cronoestratigráfica dado que se ajusta dentro de um intervalo de tempo definido. Este intervalo de tempo que compreende uma sequência deposicional chama se "secron".

Outras unidades aloestratigráficas

Sequência Estratigráfica Genética:
Definida por Galloway(1989) para definir conjuntos de materiais estratificados delimitados por duas superfícies de máxima inundação sucessivas.
Unidades Cicloestratigráficas: Definidas como conjuntos de materiais do registo estratigráfico de uma região que representam uma etapa ou um período histórico na evolução de uma bacia, que descontinuidades são delimitadas por sendas estratigráficas ou por inflexões na polaridade evolutiva, e que pode ter a sua origem em factores orogénicos, epirogénicos, eustáticos, sedimentar, climático, ecológico, etc. Os autores que a definem estabelecem cinco estados nas unidades cicloestratigráficas, vão desde a ciclosequênica até à mesosequência.

Cortejos Sedimentares

Brown e Fisher (1977) usaram pela primeira vez o conceito de cortejo sedimentar, e explicaram a sua relação com o sistema deposicional, considerando ambos os conceitos como possíveis subdivisões das sequências deposicionais. Os sistemas deposicionais são divisões dos materiais estratificados em função das características sedimentares. A imagem expressa graficamente o conceito de sistema deposicional, e as suas divisões: elementos deposicionais, associações de fácies e fácies (no seu verdadeiro significado). Em todos os casos trata-se de volumes de materiais depositados sob condições sedimentares definidas, no caso do sistema deposicional os correspondentes a um ambiente de sedimentação médio (por exemplo: médio deltaico), no caso do elemento deposicional de uma parte do médio (por exemplo: planície deltaica) e da associação de fácies de um determinado sector (por exemplo: num canal).


Figura - Gráfico que mostra a relação do conceito de fácies com os termos sistema deposicional e elemento deposicional

O termo cortejo sedimentar introduz-se para denominar o conjunto de sistemas deposicionais contemporâneos e formados sob as mesmas condições do nível do mar. Por exemplo, um cortejo sedimentar constitui os sistemas fluvial, costeiro, de plataforma e de talude que passam lateralmente entre si, que estão dentro de uma sequência deposicional e que se depositaram num intervalo de tempo de uma polaridade do nível do mar (subida, descida ou estagnação). Os modelos de cortejos sedimentares estabelecem-se em função dos seus limites, da sua posição dentro da sequência deposicional, da sua geometria e do seu carácter transgressivo ou regressivo, progradante ou retrogradante.


Bibliografia:
Vera Torres, Juan Antonio (1994), Estratigrafia, Principios y Métodos. Madrid: Editorial Rueda.

2 comentários:

Anónimo disse...

Você é linda.

Caio Gabrig Turbay disse...

Gostei do blogg...Ha, a propósito, você é lindinha.